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Transcrição:

E aí, galera do Time to Learn Portuguese. Aqui é o Fabrício Carraro de novo, e no vídeo de hoje, a gente vai ter uma visão geral dos tempos verbais em português. A gente vai ver principalmente os tempos verbais do Indicativo, ou seja, os verbos conjugados no Subjuntivo, a gente vai ver em outro vídeo, depois, separado, porque eles exigem um conhecimento um pouco mais avançado, uma explicação um pouco mais longa, mas a gente vai rever aqui todos os tempos verbais em português no Indicativo, que vocês já conhecem praticamente todos eles.

Eu tenho vídeo sobre quase todos eles aqui no canal Time to Learn Portuguese. E a gente vai ver alguns exemplos, algumas situações do uso de cada um deles.

Vamos começar, é claro, pelo Presente, que ele tem duas formas de uso principais. Uma delas é a forma normal do Presente simples, que ela é usada geralmente para coisas que você faz no momento atual, ou que você faz com muita frequência, ou seja, você usa ali, por exemplo, um advérbio como “sempre”. Pro verbo “FAZER”, por exemplo, que é um verbo irregular, você poderia dizer, por exemplo: “Eu sempre FAÇO a comida em casa”, “Eu sempre PREPARO” – o verbo “PREPARAR” aqui no Presente. Ou com o verbo “IR” também: “Eu sempre VOU na academia”, “Eu VOU na academia todos os dias”. Um uso básico do Presente.

Mas tem uma outra forma, que aí, ela é chamada de Gerúndio em português, que ela é formada usando o verbo “ESTAR” conjugado, e aí, o verbo principal vai estar nessa forma do Gerúndio, que é, basicamente, você trocar o final dos verbos “-AR” por “-ANDO”, o final dos verbos “-ER” por “-ENDO”, e o final dos verbos “-IR” por “-INDO”.

E isso é usado para uma coisa que você está fazendo exatamente agora, exatamente neste momento. Então, você pode dizer, por exemplo: “Eu ESTOU ANDANDO” – o verbo “ANDAR”, que é um verbo “-AR”; “Eu ESTOU COMENDO” ou “Eu ESTOU BEBENDO agora mesmo” – ali, os verbos “COMER” e “BEBER”, que são verbos terminados em ”-ER”; ou então “Ele ESTÁ DORMINDO”, aí com o verbo “DORMIR”, é um verbo terminado em “-IR”.

Essas duas formas são usadas no Presente, mas uma é para “esse momento agora”, a do Gerúndio, e a outra é usada geralmente com coisas que você faz sempre, que você faz todos os dias, ou que você faz com certa frequência.

O próximo tempo verbal que a gente pode ver é o Pretérito Perfeito, que ele é usado geralmente para coisas que aconteceram pontualmente no passado. A gente tem um vídeo completo aqui com as conjugações do Pretérito Perfeito, regulares, algumas irregulares também. Mas é isso, ele mostra uma coisa que aconteceu pontualmente no passado.

Então, vai ter ali uma palavra como “ontem”, ou “na semana passada”, “no mês passado”, “no ano passado”, “em 2015” – sempre vai ser uma data mais pontual. Então, o verbo “FAZER”, por exemplo: “Ontem eu FIZ a comida”; o verbo “IR”: “Ontem eu FUI na academia”, ou então, “Na semana passada eu FUI no cinema”, também com o verbo “IR”.

Ou também, dá para usar às vezes sem uma palavra, assim, de data, né? Como “ontem”, “semana passada”. Você pode dizer, por exemplo: “Aquela FOI a primeira vez que eu COMI comida japonesa”. Então, aqui tem dois verbos, né? O “foi” e o “comi”, os dois estão no Pretérito Perfeito, mas não tem nada ali, né? Ele só tá falando: “aquela vez”, né? “Aquela FOI a primeira vez”. Então, não tem uma palavra de tempo como “ontem” ou “semana passada”, mas esse “aquela” indicando “aquela vez” – “Aquela FOI a primeira vez que eu COMI” – foi uma ação que aconteceu pontualmente.

O próximo é o Pretérito Imperfeito, é outra forma do passado, e ele geralmente é usado com uma coisa que aconteceu no passado, mas que aconteceu durante algum período, ele teve uma duração um pouco mais longa. Você quer se focar nesse fato que isso aconteceu durante um tempo.

Então, você pode usar, por exemplo, a palavra “quando”, né? “Quando eu ERA criança, eu sempre IA na casa dos meus avós”. Esse “ia” é o verbo “IR” no Pretérito Imperfeito. Ou seja, é parecido com o presente, né? Você: “Eu sempre vou” – é uma coisa que você faz agora com certa frequência; “Eu sempre IA” – é uma coisa que você fazia no passado com certa frequência. Então, ele também pode indicar isso, uma coisa que acontecia sempre no passado, com alguma frequência.

Mas também pode ser uma coisa que aconteceu simplesmente uma vez, mas durante algum tempo muito longo. Então, por exemplo: “Quando eu TRABALHAVA naquela empresa, eu TINHA muitos amigos programadores”, por exemplo, né? Então, “Eu TRABALHAVA naquela empresa” – é uma coisa que você fez durante um período específico de tempo, mas foi um período que teve uma duração. Você não trabalhou um dia, uma hora na empresa. Foi, ali, algum tempo, e você quer deixar claro que isso durou algum tempo. Então, por isso, você fala: “Quando eu TRABALHAVA naquela empresa”, usando o Pretérito Imperfeito. E claro, a gente tem um vídeo também sobre o Pretérito Imperfeito aqui no canal Time to Learn Portuguese.

O próximo tempo verbal é o Pretérito Mais-Que-Perfeito, que ele é um pouco difícil até para brasileiros (na forma simples), porque ele não é usado nunca. Absolutamente, eu nunca usei na minha vida o Pretérito Mais-Que-Perfeito na forma simples na fala. Na escrita, na literatura, é possível que você encontre, mas por exemplo, se você for escrever um e-mail no trabalho, você também não vai usar. É um tempo verbal que está caindo em desuso. Ele não é mais usado nunca no dia a dia, somente na literatura.

Mas a forma composta dele é usada com muita frequência e ele é, basicamente, o passado do passado, que isso equivale em inglês ao Past Perfect, né? Se você fala inglês, é exatamente a mesma coisa que o Past Perfect.E se você fala alguma língua latina, você com certeza tem o “Pluscuamperfecto”*, “Plus-que-parfait”, alguma coisa assim na sua língua.

Para pessoas que não falam nem inglês nem nenhuma língua latina, talvez seja um conceito novo esse “passado do passado”. Mas você pode dizer, por exemplo: “Quando eu cheguei na festa, ele já TINHA IDO embora”, ou seja, você está dizendo: “eu cheguei na festa” (aqui é um Pretérito Perfeito), mas quando eu cheguei (esse Pretérito Perfeito), ele já TINHA IDO embora. Então, você usa o verbo “TER” junto com o Particípio do verbo principal, aqui um verbo “IR”. Então, uma coisa aconteceu no passado, que foi “eu cheguei na festa”, mas antes disso, no passado desse passado, ele já TINHA IDO embora, o meu amigo já TINHA IDO pra casa dele, por exemplo.

Ou então, também, você pode dizer: “Quando eu cheguei no restaurante, a minha namorada já TINHA COMIDO” – aqui com o verbo “COMER” no Pretérito Mais-Que-Perfeito na forma composta. Por isso eu disse, a forma simples, eu não não vou ensinar para vocês, porque ela é inútil no dia a dia, mas a forma composta é muito usada, e ela sempre é formada com esse verbo “TER” na forma “TINHA” (que está no Pretérito Imperfeito) mais o verbo principal na forma do Particípio.

O próximo tempo verbal é o Futuro, que também já tem vídeo aqui sobre o Futuro, mas como eu mencionei lá, a forma da conjugação do Futuro também nunca é usada, absolutamente nunca é usada na fala. Na escrita, às vezes ela é usada, sim. Num e-mail, por exemplo, de trabalho, é normal você escrever com a conjugação do Futuro; ou na literatura, ela também é normal, mas na fala, ela nunca é usada.

O que é usado é uma forma mais fácil do Futuro, que é usando um auxiliar. É bem parecido com o espanhol, por exemplo, com o inglês, que você usa o verbo “IR” como auxiliar e o verbo principal no Infinitivo, exatamente como ele é. Então, por exemplo, sobre uma viagem, na conjugação do Futuro, seria: “Eu VIAJAREI amanhã”, mas ninguém absolutamente nunca fala assim, as pessoas falam: “Eu VOU VIAJAR amanhã”. Esse “VOU” é o verbo “IR”, sendo usado aqui como auxiliar, e o verbo “VIAJAR”, que é o verbo principal, está aqui nessa forma do Infinitivo. É muito fácil!

Ou então, um outro exemplo: “Eu VOU COMER uma pizza quando eu chegar em casa”. Então, esse “Eu VOU COMER” aqui também é essa forma do Futuro.

E por último, tem a forma do Condicional, que também é chamada de Futuro do Pretérito, que ela indica uma coisa que não aconteceu, mas poderia acontecer (inclusive, o verbo “PODERIA” está conjugado no Condicional, no Futuro do Pretérito). Que em inglês, ele é formado com o “would”. Em português, você geralmente coloca “-IA” no final, né? Então, “Eu IRIA para casa se não estivesse chovendo”, né, “I would go home” – esse “IRIA” aqui é o verbo “IR” nessa conjugação.

Ou então, mais um exemplo: “Você COMERIA um escorpião?” – você perguntando para uma pessoa que foi para a Ásia, por exemplo, que é comum as pessoas nos mercados comerem algumas coisas mais estranhas. Então, você perguntar para a pessoa: “Você COMERIA um escorpião?”, né, “Would you eat a scorpion?” em inglês.

Ou seja, é uma suposição, é uma hipótese, não é uma coisa que realmente aconteceu ou que certamente vai acontecer, mas é uma hipótese, e para isso é usada essa conjugação do Futuro do Pretérito.

Mas por hoje é isso, galera. Eu espero que vocês tenham aprendido bastante com esse vídeo de revisão dos tempos verbais do português no Indicativo. Vai ter mais depois sobre o Subjuntivo também.

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Mas por hoje é isso, galera. Até a próxima! Tchau tchau.