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Transcrição:

E aí, galera do Time to Learn Portuguese. Aqui é o Fabrício Carraro de novo, Lucas Bighetti, e a gente está com uma pessoa muito especial, um grande amigo nosso, Stefano Suigo, uma lenda, um mito, o homem.

A gente quer falar hoje sobre a língua portuguesa, porque ele fala português realmente num nível muito alto, incrível, mas tem uma uma brincadeira ali, que ele escolheu o português de Portugal por algum motivo.

Eu sei que esse é um canal sobre o português do Brasil, mas de vez em quando, a gente tem convidados que falam português de Portugal, de outras regiões também, pra vocês perceberem, talvez, a diferença, tentarem notar isso.

  • Stefano, primeira pergunta: de onde você é?

  • Eu sou da Itália, de Milão.

  • Milão. E por quê, onde, quando você começou a estudar português?

  • Eu encontrava-me na Alemanha, há muito tempo mesmo, muito, muito tempo, durante os anos da universidade, da faculdade, e encontrei um curso de português de Portugal, porque a professora era moçambicana, sim, mas cresceu em Portugal, portanto tinha este sotaque muito, muito claro, muito marcado, e eu gostei imenso (eu sei que “imenso”, por exemplo, é uma coisa que no Brasil não se diz, mas eu gostei “imenso”).

    E pronto, foi um curso realmente ótimo, de 5 meses, 4 horas por dia, muito intensivo, muito intensivo e, no final dos 5 meses eu tinha realmente a impressão que eu já estava em condições de falar esta língua. Talvez por ser tão próxima da minha língua mãe, que é o italiano, evidentemente, mas é isso, é só isso.

    E depois, continuei a aprofundar os meus conhecimentos lendo literatura, escutando as notícias em português, em vez de fazê-lo em italiano, e por aí afora.


  • Mas você… ou seja, aprender português brasileiro nunca foi uma opção. Você teve a oportunidade de começar a fazer esse curso e nunca nem considerou a possibilidade de aprender o português do Brasil?

  • Ok, para dizer a verdade…

  • Conte-nos a verdade!

  • O meu primeiro contato com a língua portuguesa foi com o português do Brasil, na escola, ainda na escola. Havia um curso da tarde, facultativo, extra, né, extracurricular, digamos, e eu fui a algumas aulas, gostei muito também, mas depois, nós tínhamos os exames finais, e não dava para aprender também o português. Naquela altura, eu já estava a aprender alemão, inglês e espanhol na escola, o português era uma coisa extra.

    E bom, tive que deixar esse curso da tarde, e depois, depois de vários anos, encontrei esse curso na Alemanha, e bom, essa é a história.

  • E você é um poliglota, né, a gente está gravando esse vídeo diretamente do Polyglot Gathering, com várias outras pessoas, mas eu honestamente acredito que você é uma das pessoas que fala português melhor, de todos esses poliglotas, e eu queria…

  • Concordo!

  • Obrigado!

  • Concordo em gênero, número e grau – uma boa expressão, inclusive, em português.

  • E eu queria saber como você tratou a questão do sotaque, né, de… porque o seu sotaque em português é muito bom! Vindo de um brasileiro, claro, eu não tenho a qualidade de um português pra analisar, mas eu acredito que eles concordariam. Como você tratou essa questão e como você trata essa questão com idiomas em geral também?

  • Em geral, para mim é muito importante imitar. Imitar, como se eu fosse um ator, como se eu fosse um… não sei… eu quero imitar exatamente como as pessoas falam, sem ter problemas com o fato de alguns sons serem estranhos para mim, porque não são estranhos se outras pessoas os utilizam.

    Portanto, para mim, é realmente só uma questão de imitação, completamente. Eu, quando eu falo português, eu torno-me numa pessoa portuguesa, como se eu fosse um ator fazendo a parte, né, do português. E a mesma coisa acontece com os outros idiomas.

  • Deixa eu fazer mais uma pergunta. Eu sei que em Portugal a segunda pessoa do singular é o “tu”. No Brasil, existe a forma “tu”, mas normalmente usamos o pronome “você”. E eu sei que o pronome “você” em Portugal tem um significado um pouco diferente, é um pouco mais formal, não?

  • É.

  • Quando eu falo com você e uso a palavra “você”, como você se sente?

  • Excelente pergunta!

  • Excelente! Eu sei que “tu é” brasileiro e, portanto, eu sei que o teu “você” não é uma forma de te distanciar de mim, mas é simplesmente a maneira natural para falar com os teus amigos e, portanto, eu sei que… não é problema nenhum.

Gente, eu espero que vocês tenham gostado desse vídeo, eu adorei fazer, e vai ter mais vídeos no futuro aqui com o Stefano é um grande amigo nosso, do canal Time to Learn Portuguese.

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  • Até a próxima, pessoal! Tchau tchau.
  • Até mais, até mais!

  • Tchau tchau!